Além do Padrão

Antes de tudo você precisa saber que dentro do feminismo existem vários feminismos e podemos lutar por aquilo que melhor nos identificamos. Nem toda feminista luta pelas mesmas causas que outra, mas todas respeitam e defendem o direito da companheira de lutar por aquilo que acredita.  Pois bem, o feminismo se trata de luta por direitos. Feminismo é liberdade e não há nada mais espetacular do que falar sobre ser livre. Diferente do que alguns pensam, o feminismo não defende a dominação das mulheres sobre os homens, pelo contrário, feminismo prega o fim da dominação de um gênero sobre outro. Feminismo também não luta contra os homens, mas contra o sistema de dominação que os privilegia e que foi criado por eles. Feminismo não lhe obriga a deixar de ser feminina, porém defende o seu direito de ser e também não ser, de tomar decisões sobre o seu próprio corpo sem que ninguém interfira. Se depilar ou não, se maquiar ou não, usar salto ou não, quem escolhe é você e apenas você. O feminis

( Arte :  Marcelha Pereira) Já passou por sua cabeça que talvez quem faz o sistema e o mantém somos nós? Se analisarmos algumas atitudes do sistema poderemos ver que o ser humano está presente em cada uma delas. Basta observar nossas ações. Quando controlamos o tamanho ou estilo da roupa de alguém, a sua sexualidade, o modo de falar, o que falar; estamos obrigando-o a seguir um padrão que para nós pode parecer certo, mas para ele não. Acabamos, todos nós, sendo vítimas de algo que está no nosso interior. Vítimas de algo que fomos ensinados a achar normal e fazer. É do ser humano querer que o outro seja algo que nem ele próprio consegue ser. Às vezes alertamos alguém sobre algo sem perceber que estamos o moldando ao que a gente quer. E às vezes somos alertados e não notamos que estão nos moldando também. Enquanto alguém domina, esse alguém é dominado ao mesmo tempo. Devemos lutar contra o nosso próprio eu. Contra o que nos foi implantado. Lutar todos os dias contra a nossa vontad

( Foto:  Divulgação/Internet ) Dentro de um quarto a única coisa a se admirar é o teto. Caso alguém entrasse poderia achar que estou morta, se não fosse pelo barulho da minha respiração. Meu corpo ainda é considerado vivo, mas minha alma está falecendo e dando seus últimos suspiros. Fechei meus olhos faz algumas horas e viajei por um mundo ainda não viajado. Voltei ao tempo da minha infância. Pude ver uma menininha dos cabelos pretos lisos com cachinhos bem definidos em suas pontas. Ela estava sentada olhando para uma máquina de escrever, admirando o que mais tarde seria a sua fonte maior de prazer e o único presente que seu pai daria com todo o amor. Mal sabendo o que seu futuro lhe reservaria. Em como seria inconformada com a raça de qual faria parte. Depois fui visitar uma menina segurando o choro e tendo que lidar com coisas que uma criança não deveria. Vi essa mesma menina sendo chamada de chorona por mostrar suas emoções. Se soubesse que ser taxada de chorona em tempos fu