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Mostrando postagens de 2018

Me perguntaram:

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"Por que você se culpa e pede desculpa tanto?" Porque eu aprendi que as pessoas sempre vão se afastar de mim quando elas bem entenderem. Cresci com essa sensação de culpa por achar que posso melhorar e piorar o dia de alguém, e não queria esse peso de ser ruim pro outro, mas acaba que no fim o peso fica comigo.  E, às vezes, na tentativa de não ser ruim, coloco peso nos outros também.  Porque eu sou insegura com fucking 100% das coisas.  Porque minha mente não para um segundo, até quando durmo. Porque eu acordo de madrugada e fico pensando nas coisas que não deveria ter feito ou dito naquele dia.  Porque eu sou hiperativa, minha mente é veloz e, nesse meio tempo, consigo chegar a trezentos e setenta e cinco lugares, pensar em quatrocentas e três atitudes aleatórias e voltar para o pensamento inicial de onde tudo isso surgiu: Por que eu me culpo e peço tantas desculpas? Também gostaria de saber por quê. *Escrito em 19 de novembro. Hoje, 29 de dez, a

Continuar tentando e aprendendo

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( Foto:  Marcelha Pereira) Desde 2016 que eu elejo uma palavra para o ano seguinte. Em dezembro daquele ano, a escolhida foi "tentativa" e a explicação está abaixo: Em 2017, a palavra para 2018 foi "aprender" e dessa vez o textinho explicativo está aqui no blog ! Dois mil e dezoito começou e desde o seu começo ela me acompanhou. Fui desafiada várias vezes esse ano e posso dizer que o meu maior aprendizado foi reaprender a lidar comigo e os meus defeitos. Foi doído, mas importante para o meu crescimento. Aprendi que precisamos mais do que nunca sermos gentis com nós mesmos. Ainda estou nesse processo e ainda deixo minhas inseguranças tomarem conta dos meus pensamentos de vez em quando, acho que faz parte. Mais do que nunca eu sou muito grata por todas as pessoas que mantenho por perto e que me ajudaram (e ajudam) a me reerguer nos momentos que precisei. Sou grata a quem chegou, a quem continuou e a quem foi, também. Acredito que sou muito sortuda por esta

Caindo em nós mesmos, crescemos!

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Encerrei o último texto postado aqui no blog com a seguinte frase: "Se lembre que a sua dor é válida e lhe ensinará muitas coisas, combinado?". Engraçado como meses se passaram e tendo passado por mais um período de grande crise, fica a confirmação de que: sim, toda essa dor e agonia é válida para nos ensinar lições. Percebi, em uma de muitas reflexões que venho tomando sobre a vida e sobre mim, que precisamos dos momentos de queda mais forte para melhorarmos "à força".  Às vezes, acordamos determinados a fazer com que o dia seja bom, mas nem sempre conseguimos, porque, apesar de sermos agentes ativos da nossa vida, algumas situações fogem do nosso controle e acabam nos frustando. Crescer machuca porque nos força a lidar com essas frustrações e toda essa dor serve para fazer a gente mais forte. Somos forçados a sair da nossa zona de conforto em 70% das barreiras que encontramos diariamente, mas o fim do dia chega e sabe o que acontece? Você vence mais uma batalha

Venha cá...

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( Foto:  Marcelha Pereira) Às vezes você vai se sentir no limbo, inútil, sem vontade de fazer coisa alguma. Essa sensação pode durar uma semana, duas, um mês. Mas deixa eu te contar um segredo: vai passar. A gente precisa desses momentos de caos, de introspecção, de vontade de sumir por aí. Mesmo não sabendo dizer se temos crise existencial porque estamos crescendo ou se ela quem nos faz crescer (eu poderia passar um tarde falando sobre esse dilema), me contento em saber que crescemos. Estamos crescendo.  Gosto de brincar que existem mil Marcelhas dentro de mim, todo dia uma nova Marcelha surge para se juntar ao grupo. No momento, eu sou a menina que veste a camisa - customizada para servir de pijama - de um Simulado de seu primeiro ano de Ensino Médio. Marcelha hoje está se sentindo bonita ainda que não esteja arrumada e maquiada, tão diferente da Marcelha de quatro dias atrás. Quatro dias atrás, eu era a Marcelha insegura. Quatro dias depois, continuo sendo a Marcelha insegu

Imperfeita

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( Foto:  Meu arquivo pessoal ) Você quer me conhecer de verdade?  A primeira coisa que você precisa saber é que sou imperfeita. Toda.   Falo alto. Vivo deixando as coisas caírem da minha mão. Não costumo usar sandálias - elas aumentam em 152% a chance de eu meter a cara no chão. Não gosto de usar saias - com elas, não posso sentar em alguma cadeira e subir meus pés ou sentar no chão sem ter que ficar preocupada em não abrir as pernas.  Sou contraditória. Amo estar no meio da gritaria e das risadas altas, mas odeio pessoas aglomeradas e som alto. Sou elétrica, falante e, na mesma intensidade, quieta e observadora. Sou chata e adoro dar sermão. Não suporto ver situações erradas e pessoas sendo escrotas com as outras. Gosto de rock, mas não suporto rock demasiado pesado. Gosto de filmes de super-herói, mas estou ficando sem paciência para eles. Choro fácil. Basta uma palavra mal dita e passo um dia inteiro pensando sobre.  Meus seios são caídos e adoro ficar passando o de

É ruim, e ao mesmo tempo bom, ser uma poeirinha!

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27 de março de 2018, 15h40 Somos todos poeira do universo. Eu não sei se sentirão a minha falta quando eu morrer. Só sei que a falta logo vai embora e, no fim, eu não valho muita coisa. Não sou exemplo de estudante. Saí na metade de um filme super foda de animação chamado Horton e o Mundo dos Quem. Saí da sala porque me veio inspiração e porque estou me sentindo mal. Não sou exemplo de estudante e acho que nem quero ser. Não sou exemplo de amiga, também. Sempre acho que não dou a atenção que meus amigos merecem. Não sou exemplo de filha, não sou exemplo de ser humano, não sou exemplo de nada. Não sou exemplo porque eu não sou grande. E nem quero ser grande. Eu sou uma poeirinha. Sentada em uma mesa da pracinha do Setor I, eu sou uma poeirinha. Observando os grupos de amigos conversando, eu sou uma poeirinha.  Eu não sou importante, não sou especial e o universo não vai parar se eu sumir neste mesmo instante.  [ corta ] ( alguns amigos chegam onde estou e me abra