A chuva que cai do céu é a mesma que lava meu interior


Foto tirada pela Alessa Oliveira, do FotograFabular, e que faz parte de um projeto nosso chamado Fotografabulando. Toda primeira e terceira sexta-feira do mês estaremos postando em nossos blogs um texto escrito por mim inspirado em uma foto dela, misturando assim as essências da fotografia e da escrita.

Ao olhar as gotas de chuva na janela do carro, percebo a presença de mais uma manhã fria e chuvosa. As minhas preferidas, principalmente no inverno, quando a mania de usar meias para esquentar meus pés frios, até mesmo no calor, fica mais forte.

Peço agora permissão para fazer uma pequena analogia: eu sou a cidade que quando chove tem suas ruas limpas e toda a sujeira é levada para um local em específico. Quando em algumas vezes certas ruas estão lotadas de lixo ocorre a enchente, resultado do acúmulo de entulhos. Essas enchentes servem para alertar a falha nos cantos da cidade em que ocorrem. 

Gosto de dizer que a natureza exerce função sobre mim e ao fazer a analogia de me colocar como a cidade que recebe a chuva quis dizer que ela tem o mesmo efeito em mim. Tem função de lavar e me fazer olhar para dentro, reparar algumas besteirazinhas e canalizar outras.

A água que cai do céu é a mesma que lava meu interior. Quando chove meu corpo vira alma e minha alma vira corpo, me vira ao avesso e me lava. Lembrando-me de que depois da chuva fazer seu papel o sol já vem chegando.

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