Este não é para ser um texto bonito
(Foto: Marcelha Pereira) |
Está sendo difícil sair de casa e enfrentar as pessoas.
Conviver com elas é o que mais gosto de fazer no mundo, mas anda exigindo muito
de mim. Quando estou sozinha, sou confortável com o que eu sou. Mas quando
estou perto de mais gente, sinto-me uma formiguinha que só comete erros e incomoda.
Faz tempo que não escrevo e não coloco os demônios para fora.
Talvez por isso eles estejam fazendo festa aqui dentro e bagunçando a minha
mente. Me fazem achar que sou a pessoa mais irrelevante, chata e de difícil
convívio do mundo. E por mais que eu tente, a falta de ar e o aperto no peito
chegam quando menos espero. Em certos momentos estou plenamente feliz, mas
basta uma palavra mal dita para acabar com o meu dia. Estão sendo dias
difíceis.
Contudo, uma parte de mim tenta conformar a outra de que não
é tudo exatamente tão ruim. Me faz feliz pensar que antes da primavera sempre vem
o inverno. Então eu dou um jeito de ver a situação de fora. Vejo que passei por
cima de momentos piores e continuo aqui. Que tudo servirá como ensinamento e
passará.
Está sangrando. E cicatrizando, também. Estou tentando
abstrair o melhor do choro e das angústias. Aceitar que não irei agradar a
todas as pessoas e basta me sentir bem com o que sou.
Uma Marcelha melhor está sendo construída.
É o suficiente.
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