Dia do Escritor e alguns devaneios desta Marcelha que vos fala

(Foto: Marcelha Pereira)
Hoje, 25 de julho, é comemorado o Dia do Escritor. Bem, não me sinto exatamente confortável em me denominar uma escritora porque, para mim, sou uma pessoa que ama escrever e ponto final. Inclusive, já falei sobre isso em algum outro texto aqui do blog, que não consigo me lembrar agora. Mas o que a Marcelha adolescente de 15 anos que queria compartilhar seus pensamentos turbulentos com o mundo não sabia era que no futuro iria trabalhar escrevendo. Hoje, com 21 anos, a dúvida é: isso me faz uma escritora?

O que sei é que o jornalismo aumentou minha paixão pela escrita, me fazendo ir além dos contos, artigos e crônicas que eu costumava escrever antes da universidade. Gosto de escrever sobre filmes, séries, desenhos, música, ciência, tecnologia, a lista é grande e minha mente muito curiosa. Na graduação, até para o Marketing eu migrei e, nessa área, a diversidade de assuntos para diferentes empresas que é possível escrever também me encantou. Por causa disso, chego à conclusão de que não importa o tema: apenas preciso escrever.

Me faz realizada imaginar uma Marcelha sendo acionada a cada novo texto. Às vezes, é uma totalmente profissional, comprometida e séria; outras vezes, uma mais descolada. Posso ser melancólica também, infantil, amorosa, tudo o que é possível imaginar. E não é me colocando em um pedestal, é apenas analisando os tipos de conteúdos que já desenvolvi na vida. Ademais, sinto estar longe de onde quero chegar escrevendo, então realmente não estou querendo me colocar melhor do que talvez possa ser.

Fato é que ainda assim não me considero escritora, ao menos não com toda a carga que essa nomeação traz. Talvez quando eu lançar um livro; afinal, na minha cabeça, escritor de verdade é quem tem livros publicados. Porém, não posso mentir, me sinto minimamente escritora e por isso estou escrevendo este texto neste dia. O motivo, para falar a verdade, vai além da comemoração merecida a todos(as) os(as) escritores incríveis que conheço e chega ao ponto-chave de toda essa conversa: o poder da escrita.

Eu só escrevo porque meus pais incentivaram a leitura em mim desde pequena e tudo o que eu faça no mundo não poderá recompensá-los o maior presente que eles me proporcionaram. Sempre gostei de mergulhar em histórias e sou grata a cada escritor(a) que li durante todos esses anos por terem tido coragem de concretizar suas ideias. Definitivamente, eu não seria metade do que sou sem tudo que já li.

Desde os 12 anos, a escrita me salva. É o lugar em que sempre me reconheci, e para sempre me reconhecerei. É indissociável uma Marcelha sem a escrita, seja ela por motivações pessoais ou profissionais. Sou nova, é verdade, só tenho 21 anos e um mundo para explorar e viver, mas escrever está intrínseco a mim há tanto tempo. É onde me sinto viva e minhas memórias perpetuadas. 

Se eu posso ser considerada uma escritora, devo ser aquelas fajutas, por assim dizer. A verdade é que nunca terei uma resposta para essa dúvida e o que importa é que eu continue escrevendo e me emocionando com a escrita. Ela faz meu mundo ter cor e não há nada mais especial e profundo para mim.

Então, sem mais delongas, feliz dia para todos(as) os(as) escritores espalhados por todos os lugares deste nosso Brasil tão maltratado em tempos de pandemia, que vocês continuem produzindo e se expressando. E, ah, feliz dia também para aqueles que se acham pseudo-escritores, como eu, um dia a gente chega lá (haha).

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